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A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NA PEDAGOGIA HOSPITALAR
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Câmpus de São José do Rio Preto PROJETO DE PESQUISA A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NA PEDAGOGIA HOSPITALAR Curso de Licenciatura de Pedagogia Raul Aragão Martins- Orientador
Um ramo da educação que dá a criança no ambiente hospitalar uma melhor recuperação é a Pedagogia Hospitalar; uma ocupação que garante alívio com atividade baseadas na ludicidade, com atividade de recreação e pedagógicas, e também ajuda a prevenir o fracasso escolar que muitas vezes é gerado pelo distanciamento da instituição escolar e o longo período de internamento que a criança apresenta. Este tipo de pedagogia nasceu da necessidade do cuidado da criança hospitalizada como um todo, não somente do corpo, da necessidade de se atender também sua necessidade sociais, psicológicas, etc. As dificuldades enfrentadas pelas crianças hospitalizadas ficam mais fáceis de serem superadas com a ajuda dos profissionais da saúde, a família e os pedagogos. É necessário uma formação diferenciada para que a atividade de pedagogia hospitalar pode ser desenvolvida e ter condições, em especial, condições psicológicas para enfrentar as dificuldades existentes no ambiente hospitalar. Para que fosse assegurado à criança hospitalizada o direito de continuar seus estudos é que foram criadas as classes hospitalares, porque no período de tratamento no hospital a criança é apartada da família, dos amigos, de casa e da escola, e com as classes hospitalares é possível que a criança possa retornar à
escola sem prejuízos no final da internação, isso contribui para a não desestimulação da criança em dar continuidade a seus estudos. A CRIANÇA INTERNADA E SUA EDUCAÇÃO O propósito da pesquisa desenvolvida teve como foco a investigação a Pedagogia Hospitalar dentro das áreas de pediatria com a utilização da ludicidade. Lidar com a diversidade humana não é tarefa fácil, portanto este tema se constitui em grande desafio; assim como lidar com diferentes culturas, esse tema gera um privilégio diário de se superar barreiras, de ver com outros olhos a educação além dos muros das instituições escolares. Avaliar a contribuição do serviço da Pedagogia Hospitalar foi o objetivo geral desta pesquisa, assim como a utilização do lúdico na área pediátrica dos hospitais. É necessário que se ressalte que o trabalho aqui desenvolvido foi construído sobre o pressuposto de que existe uma imensa demanda e uma necessidade iminente de estudos a respeito das características do atendimento pedagógico nos hospitais, assim como da relação entre a criança e a educação mesmo que ela esteja internada. Atividade lúdica para crianças internadas é a recreação hospitalar, esse tipo de atividade ajuda a amenizar o estresse que a doença causa ajudando desta maneira na recuperação da criança. Tema com pouca difusão, a pedagogia hospitalar possui a necessidade de ser divulgada, a existência de crianças com períodos muito longos de internação sofrem de uma enorme carência no que diz respeito à aprendizagem. Assim, a criança e o adolescente ao ficarem períodos muito grandes hospitalizadas longe da família e da escola acabam por perderem o ano letivo e perdem a motivação em continuar seus estudos, por esta razão é importante a intervenção para que se mantenha o vínculo destes jovens com a educação, mesmo em ambiente hospitalar. De acordo com Matos & Mugiatti (2007, p.13), a Pedagogia Hospitalar tem como pretensão dar a criança e ao adolescente hospitalizado o seu direito garantido por lei, seus direitos à saúde à educação, assim como garantir-lhe o espaço de
Desta forma, a classe hospitalar deve ser aconchegante, diferenciada, com estímulos visuais, jogos, brinquedos, para que chamem a atenção dos educandos hospitalizados. São 74 os hospitais com atendimento escolar aos seus pacientes; onze deles infantis, o restante faz parte da Rede SARAH (problemas do aparelho locomotor) e hospitais gerais com enfermaria para crianças. Em nosso país são 17 os estados possuidores de classes hospitalares, mais o Distrito Federal. O profissional em educação atuante na classe hospitalar é um educador por formação, ele se utilizada de inúmeras atividades pedagógicas que agem como um elo entre a realidade do hospital e o cotidiano da criança e do adolescente; a permanência no hospital por muito tempo prejudica o desenvolvimento infantil, pois os limita deixando-s distante da família, dos amigos e da escola, restringindo-s a um ambiente de doenças e de dor, realidade da qual não estavam acostumados. A atuação de professores exclusivamente na área da saúde acontece tradicionalmente na classe hospitalar. Nos dias atuais, século XXI, conforme Matos & Mugiatti (2007, p. 12), a sociedade impactada pela acelerada expansão tecnológica e envolta por problemas sociais crescentes está a exigir modificação nas suas funções sociais como um todo, com especial ênfase a universidade, A questão da formação de profissionais constitui-se num desafio aos cursos de Pedagogia, dando abertura para alcançar atendimentos diferenciados emergentes no cenário educacional. Por esta razão, vem acontecendo diversas alterações na sociedade, e com isso é iminente a necessidade de formação continuada e de desenvolvimento de novas habilidades para enfrentar tais alterações. Políticas educacionais têm sido implantadas ao longo dos tempos provocando inúmeras mudanças na educação que influenciam na qualidade de vida, na tomada de decisões que beneficiam cada vez mais as crianças e adolescentes que por algum motivo de saúde se encontrem fora do convívio com a família e fora da escola.
É passado o tempo em que se pensava em educação, desenvolvimento e aprendizagem somente dentro dos muros da escola, nos dias de hoje há a compreensão de que a construção da aprendizagem e do desenvolvimento é possível de se ocorrer em qualquer espaço. Houve uma reformulação no curso de licenciatura em Pedagogia para que fosse possível se atender as formas diferenciadas de aprendizagem. A Criança e do Adolescente no ambiente hospitalar Com a expansão da Pedagogia Hospitalar ao atendimento de crianças e adolescentes, houve uma melhoria na qualidade de vida daqueles que ficam grandes períodos hospitalizados ou em recuperação, diminuindo a ansiedade e o medo de sucumbir à doença. A legislação brasileira já reconheceu a necessidade da criação das classes hospitalares como sendo um direito das crianças e dos adolescentes hospitalizados por longos períodos. De acordo com a promulgação da Constituição Federal de 1988, existe a preocupação com a educação, no Título VIII – Da Ordem Social, Capítulo III – Da Educação, da Cultura e do Desporto, Seção I, artigo 205, que destaca: A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Assim, é preciso se respeitar a educação como dever da família e do Estado. É de obrigação do pai a matrícula de seus filhos na escola e é de responsabilidade do Estado oferecer educação básica como garantia de desenvolvimento e aprendizagem dos educandos.
Uma verdadeira forma de intervenção no mundo é a educação. Nos dias de hoje existem novas oportunidade para a atuação do pedagogo, isso por causa do aparecimento de novos espaços educacionais não formais; o pedagogo pode atuar em diversas atividades intencionais fora dos muros da instituição escolar como em empresas, meios de comunicação, presídios, hospitais, etc. Não é apenas na aprendizagem cognitiva, no poder mental de cada indivíduo que se limita o saber, isso também tem a ver com o saber social entre educadores e educandos. De acordo com Tardif (2010, p. 16), “Há que situar o saber do professor na interface entre o individual e o social, entre o ator e o sistema, a fim de captar a sua natureza social e individual como um todo”. No que diz a estes saberes, é fato que eles se sobressaem dos encontros e desencontros com a teoria dos professores e a prática com suas vivências e contextos, assim como dos outros. Assim, desde seus estudos acadêmicos, o educador tem o dever de assumir seu papel de sujeito que se une à produção do saber; segundo Freire (1996, p. 26) “não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.” Ou seja, o docente não tem a obrigação de passar aos educandos conteúdos acabados, mas sim de dar oportunidades a eles de construírem e se apossarem de instrumentos para poderem crescer em conhecimentos, para que se tornem sujeitos dotados de crenças e valores. O processo de ensino-aprendizado do aluno, o caminho para que ele complemente esse processo, para que ele seja capaz de expandir seus conhecimentos pessoais e profissionais, cabe ao docente direcioná-lo, mostrar esse caminho. Tal aprendizagem não está limitada aos muros da instituição escolar; a educação deve ser vista como educação de vida e não apenas de aspectos cognitivos. Ambiente Hospitalar em seu espaço e seu tempo Por muito tempo a criança e o adolescente que passassem por um longo períodos hospitalizados tinham a “obrigação” de ficarem inertes ao mundo, “isolados” devido à sua enfermidade, o ambiente hospitalar era hostil.
Com o surgimento da Pedagogia Hospitalar, a ambiente hospitalar passou a ser visto de forma diferente; existe agora uma forma diferenciada de atendimento, feito com mais consciência, respeito ao tempo e gravidade da enfermidade do hospitalizado. No atendimento pedagógico dentro dos hospitais o tempo deve ser diferenciado, dentro da instituição escolar o tempo, assim como a atendimento, número de alunos é diferente. Técnicas, atividades, intervenções, conteúdos dentro das classes hospitalares devem sempre ser diferenciadas, devem ser mais amplas e interdisciplinares. CONSIDERAÇÕES A pesquisa de campo serviu aqui como subsidio para a elaboração desta monografia, assim como para a aquisição de experiências e conhecimentos construídos; monografia esta de minha autoria como exigência para a conclusão do Curso de Pedagogia da Faculdade Unesp de São José do Rio Preto. No entanto, é necessário que eu registre aqui que é muito maior o número de experiências proporcionadas por esta pesquisa do que foi possível de se registrar. A experiência da convivência na Pedagogia Hospitalar com crianças e a adolescência foram enriquecedoras em minha formação acadêmica, e até me abriram a visão para possibilidades antes nem se quer cogitadas por mim. Desta forma, finalizo o texto aqui desenvolvido com a certeza de que existem experiências ímpares que nos enriquecem e são tão intensas que não podem ser registradas em toda sua magnitude no papel. A internação de uma criança, muitas vezes, dilui a identidade de ser criança, pois a criança ao ser internada vê sua vida cotidiana ser modificada. As rotinas de um hospital que tratam a criança apenas como paciente acabam por sufocar o papel de ser criança, exatamente por causa dos cuidados médicos necessários e pela falta de visão dos acontecimentos ao redor. É pensando na contribuição para a saúde da criança hospitalizada que proponho neste trabalho, assim como a tentativa de compreender o resgate da subjetividade, a análise de situações pedagógicas dentro dos hospitais como uma verdadeira forma de interação social e educativa.