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Guias e Dicas
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Cinco Criaturas Fantásticas do Folclore da Região Norte do Brasil, Notas de aula de Cultura

Este e-book apresenta cinco histórias de personagens do folclore da região norte do brasil, como boto, cobra-norato, mapinguari, matinta-pereira e onça-boi. As histórias são acompanhadas por informações sobre as origens e curiosidades de cada criatura, além de vídeos com os enredos narrados. O material é adequado para ser usado em sala de aula durante o ensino fundamental, tanto de forma síncrona quanto assíncrona, e está baseado no livro abecedário de personagens do folclore brasileiro.

O que você vai aprender

  • Qual é a lenda por trás do Mapinguari?
  • Por que a Onça-Boi é chamada assim?
  • O que é Matinta-Pereira?
  • O que é Cobra-Norato?
  • Quais são as origens do Boto?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

EmiliaCuca
EmiliaCuca 🇧🇷

4.5

(111)

219 documentos

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Não perca as partes importantes!

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5 personagens
folclóricos da
Região Norte
Conheça curiosidades de algumas criaturas
fantásticas da cultura popular e compartilhe com
os alunos textos para os momentos de contação
de histórias
MONSTROS E CRIATURAS DA CULTURA POPULAR NORTISTA
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Baixe Cinco Criaturas Fantásticas do Folclore da Região Norte do Brasil e outras Notas de aula em PDF para Cultura, somente na Docsity!

5 personagens

folclóricos da

Região Norte

Conheça curiosidades de algumas criaturas

fantásticas da cultura popular e compartilhe com

os alunos textos para os momentos de contação

de histórias

M O N S T R O S E C R I A T U R A S D A C U L T U R A P O P U L A R N O R T I S T A

O que você vai encontrar neste e-book?

1. Introdução: Leve os monstros e criaturas fantásticas do Norte para as suas aulas 03 2. Que competências e habilidades da BNCC é possível trabalhar ao contar essas histórias? 05 3. Para usar com seus alunos: 5 histórias de criaturas fantásticas da cultura popular da Região Norte 10

Mapinguari, Matinta-Pereira e Onça-Boi , famosos, principalmente, no Amazonas, no Pará, no Amapá e no Acre. Esse material tem como fonte o livro Abecedário de Personagens do Folclore Brasileiro , de Januária Cristina Alves, publicado pela FTD e Edições Sesc, com ilustrações de Cézar Berje. Vale lembrar que todo o conteúdo pode ser usado tanto de forma síncrona quanto assíncrona, durante o ensino remoto. Vamos começar?

Na BNCC: Como usá-la ao contar essas histórias? Era uma vez, no Norte do Brasil… espera, espera! Antes de começarmos de fato a contar essas histórias, precisamos saber: o que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) diz sobre contação de histórias? Ao analisar as 10 Competências Gerais da Base, é possível observar que essas histórias contemplam, essencialmente, a competência Repertório Cultural. É o que afirma Maria José de Nóbrega, professora de pós-graduação no Instituto Vera Cruz e assessora pedagógica dos planos de aula NOVA ESCOLA de Língua Portuguesa. 2 5 P E R S O N A G E N S F O L C L Ó R I C O S D A R E G I Ã O N O R T E

E, nas competências específicas de Língua Portuguesa: Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.

Do ponto de vista das habilidades, Maria José Nóbrega destaca que as EF15 são as que podem ser trabalhadas em todos os anos do Fundamental, pensando nos eixos leitura e produção. Em relação à oralidade , ela destaca, principalmente, duas habilidades: EF15LP12 Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz. EF15LP13 Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.). Para saber mais:

Para usar com seus alunos 5 histórias de criaturas fantásticas da cultura popular da Região Norte

1. BOTO Região: Norte (Amazonas, Pará) Origens: Europeia, indígena Outros nomes: Boto-Branco, Boto-Cor-de-Rosa, Boto -Vermelho, Golfinho do Amazonas, Piraiauara, Boto-Tucuxi Personagens relacionados: Cobra-Norato, Iara, Maria Caninana, Poronominare A figura do Boto, assim como a da Iara, originou-se das tradições europeias e, com ela, compartilha algo em comum: ambas são entidades aquáticas. Assim como o Uauiará dos índios, que engravida as mulheres ao transformar-se num mortal, e o Poronominare. O Boto também é bastante famoso por conta de uma expressão popular conhecida de Norte a Sul: quando o pai de uma criança não é conhecido, há quem pergunte: “É filho do Boto?” Assim, a lenda sobrevive ao longo dos tempos, como mostra a história a seguir: 3 5 P E R S O N A G E N S F O L C L Ó R I C O S D A R E G I Ã O N O R T E

Contação O Boto é um homem muito bonito, atraente, sedutor, exímio dançarino e bebedor, está sempre vestido de branco com um elegante chapéu na cabeça - do qual não se separa, pois ele, na verdade, esconde o orifício da respiração do Boto - e sua função é seduzir as moças incautas para depois engravidá-las. Quando o dia amanhece, o belo rapaz vira novamente um boto, que dizem proteger os rios e as canoas durante os temporais, conduzir os cardumes para as margens dos rios para que fiquem próximos dos remansos e praias, e acompanhar as embarcações que levam mulheres grávidas. O Boto é muito popular na região amazônica e aparece especialmente nas festas juninas. É dessa região que vem a crença de que carrega uma espada presa ao seu cinto; e, quando é hora de voltar ao leito do rio, é possível observar que todos os seus apetrechos são, na verdade, outros seres das águas metamorfoseados. A espada é um poraquê (peixe-elétrico), o chapéu é uma arraia e o cinto e os sapatos são outros dois tipos de peixe.

C O B R A - N O R A T O E M A R I A C A N I N A N A

2. COBRA-NORATO

Região: Norte (Amazonas, Pará) Origens: Africana, europeia, indígena Outros nomes: Boiuna, Cobra Encantada, Cobra-Grande, Cobra-Preta Honorato Personagens relacionados: Boto, Iara, Maria Caninana, Minhocão, Princesa Encantada, Sucuriju Histórias de Cobra-Grande, Cobra -Encantada ou Cobra-Norato trazem influências africanas, indígenas e europeias. Tal criatura fantástica nada mais é do que um ser humano condenado a viver num corpo de cobra até que alguém quebre o encanto. A história de Honorato, jovem bonito vestido de branco que à noite se transformava em uma enorme cobra, é muito conhecida no Pará. Inspirou até mesmo um livro bem conhecido, Cobra-Norato, de 1931 (Editora José Olympio, 96 págs., R$ 26,99). Publicado em 1931, o livro foi imaginado 10 anos antes, quando o poeta Raul Bopp - que também foi diplomata, pintor de paredes e jornalista - viajou pela Região Norte e entrou em contato com as histórias da Amazônia. A versão mais conhecida da Cobra-Norato conta que ele nasceu de um boto e uma mulher indígena.

M A P I N G U A R I

3. MAPINGUARI

Região: Norte (Acre, Amapá, Pará) Origem: Indígena Personagens relacionados: Curupira, Gorjala, Guará, Pai do Mato, Quibungo O Mapinguari é um dos monstros mais conhecidos na Amazônia e quem ajudou a popularizar essa lenda foram os seringueiros da região. Dizem que se trata de um bicho imenso, parecido com homem, mas coberto de pelos grossos, e que tem uma armadura feita do casco da tartaruga. Os povos Tuxaua acreditam que o Mapinguari é a reencarnação de um antigo rei que, no passado, habitava suas regiões. Também há quem diga que ele seria um índio, um pajé que descobriu o segredo da imortalidade, e seu castigo foi se transformar em um animal horrível e fedorento. Vamos conhecer mais dessa história?

Curiosidades: A lenda do Mapinguari impressionou tanta gente que alguns cientistas tentaram descobrir se ele realmente existia. Com isso, o paleontólogo argentino Florentino Ameghino levantou a hipótese de que os monstros seriam, na verdade, preguiças-gigantes que teriam sobrevivido no interior da floresta. Já o ornitólogo norte-americano David Conway Oren, ex -coordenador de pesquisa no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, empreendeu algumas expedições em busca de provas da existência real do Mapinguari por mais de 20 anos, mas não conseguiu nenhum resultado conclusivo.

M A T I N T A P E R E I R A