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Profetas menores e sempre atuais
Tipologia: Notas de estudo
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C 0 M E 1 M T Á R 1 0 S!!!!! -. L x p o s n i v o s.
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J O E L 0 profeta do pe n te co s te s
Dedicatória
D e d i c o e s t e l i v r o ao querido casal José Maria Barboza e Gleuza Colodeti Barboza. São irmãos preciosos, amigos achegados, companheiros de jornada, bálsamo de Deus em nossa vida, família e ministério.
Sum ário
Prefácio
1. O homem, seu tempo e sua mensagem ( J l l. l )
2. Quando Deus disciplina seu povo (Jl 1.1-20)
3. Quando Deus declara guerra a seu povo (Jl 2.1-11) 4. Quando Deus chama seu povo à conversão (Jl 2.12-17) 5. Quando Deus restaura o seu povo (Jl 2.18-32) 6. Quando Deus julga as nações (Jl 3.1-21)
Prefácio
G l o r i f i c o a D e u s pela instrumen- talidade de nosso amado pastor, Rev. Hernandes Dias Lopes, ao lhe conceder sabedoria, inteligência e entendimento na Palavra. Sinto-me honrado pela opor tunidade de prefaciar este comentário expositivo do livro do profeta Joel. Sempre fico maravilhado ao ouvir os sermões do Rev. Hernandes e ler os seus livros. Vejo o nosso ministro como alguém que, ao abrir a Palavra de Deus, encontra nela uma arca de tesouros ines gotáveis. Suas mensagens são cheias de lições ricas para a vida crista. Enquanto ele prega e escreve, podemos distinguir claramente a unçao, prudência e segu rança nas Escrituras.
O estilo literário analítico e descritivo do autor nos mostra uma obra com uma série de pontos e subpontos, levando- nos a um estudo pormenorizado de diversos aspectos da verdade revelada, utilizando uma vasta bibliografia, interagindo com escritores de escol, do passado e do presente, apresentando opiniões, concordando e emitindo juízos pessoais, para tornar ainda mais clara a mensagem para a edificação do Corpo de Cristo. O comentário de Joel que o leitor tem em mãos é um li vro oportuno e atual. Está dividido em seis capítulos, sendo
que já no primeiro capítulo nos é apresentado o mapa do que virá mais adiante. Em particular, destaco o comentário que o autor faz das “principais ênfases do profeta”. Ali ele nos mostra a conseqüência do pecado e da desobediência, ao mesmo tempo em que descreve as bênçãos do arrepen dimento sincero. Essa parte do livro constitui um chamado urgente ao arrependimento sincero e à conversão. Essa é a única maneira de nos livrarmos, no Dia do Senhor, que será um dia de lamentos e densas trevas, dia de nuvens e escuridão para aqueles que estiverem despreparados. Deus disciplina o seu povo. A disciplina divina é de talhada com termos fortes, como: mensagem aterradora, calamidade assoladora, lamentação constrangedora, frus tração desoladora, consternação restauradora. O povo é convocado a buscar a Deus num contexto em que até os animais estão suspirando por ele. Vemos na seqüência o próprio Deus declarando guerra a seu povo e a seguir chamando-o à conversão. O cerne desta urgente mensagem pode ser sintetizado nas palavras do autor: “O caminho da volta é aberto quando voltamos nossas costas ao pecado e a face para o Senhor. Não há restauração espiritual sem volta para Deus”.
Capítulo 1
O homem, seu tempo e sua mensagem Joel 1.
Os p r o f e t a s m e n o r e s são absoluta mente relevantes para a nossa época. Sua mensagem é contundente, opor tuna e urgente. São chamados de pro fetas menores não porque são menos importantes do que os profetas maiores, mas porque escreveram mensagens mais resumidas. Os profetas menores são perturbado- ramente atuais. Eles são nossos con temporâneos. Embora tenham vivido há mais de 2.500 anos, abordam temas que ainda estão na agenda das famílias, das igrejas e das nações. Eles são atemporais. São mais atuais do que os periódicos semanais mais lidos dos nossos dias.
uma criação da mente humana e não uma revelação divina. E um engano e não uma expressão da verdade. A segunda verdade destacada pelo nome de Joel é que esse Deus único é o Deus soberano. Ele é o Criador do universo. Ele é o Senhor. Ele governa sobre tudo e sobre todos. Ele é o Deus que governa a natureza, as nações e tem em suas mãos as rédeas da História. Otto Schmoller diz que em virtude da familiaridade de Joel com o templo, os sacrifícios e o sacerdócio, podemos presumir que ele pertencia à classe sacerdotal.2Em virtude de sua contundente mensagem de juízo e convocação da nação ao arrependimento, William MacDonald diz que Joel tem sido chamado de o Joao Batista do Antigo Testamento.
A data da profecia Constitui-se matéria de acirrados debates a definição do tempo em que Joel profetizou. Está longe de haver unanimidade entre os eruditos acerca desse tempo. Não temos no livro referência específica ao tempo que Joel profetizou. Ele não faz nenhuma referência aos reis contemporâneos. Ao contrário, refere-se aos sacerdotes (1.13). Não se refere à Assíria ou à Babilônia, nações que conquistaram e exilaram Israel e Judá. E isso devido ao fato de que elas ainda não estavam em cena ou há muito teriam passado. Por conseguinte, as duas datas preferidas para situar o livro sao o tempo do rei Joás (c. 830-810 a.C.) ou o tempo do Império Persa (c. 400 a.C.). David Hubbard diz que a ampla diversidade de opiniões entre os estudiosos revela como o livro carece de informa ções que nos ajudem a identificar a data com precisão. O nosso problema é que a parte central do livro, a invasão de gafanhotos, não deixou nenhum vestígio na história
bíblica.5João Calvino chega a afirmar que é melhor deixar a data de composição do livro sem definição, uma vez que essa não é uma questão de grande importância. Gleason Archer diz que à profecia de Joel têm sido atribuídas datas desde o século nono até o século quarto a.C., pelas várias escolas de crítica, conservadoras e liberais. Porém, na base da evidência interna, a estimativa mais razoável é a época da menoridade de Joás, durante a regência de Joiada, o sumo sacerdote, cerca de 830 a.C J Nessa mesma trilha de pensamento, Jerônimo, um dos pais da igreja, afirma que Joel era contemporâneo de Oséias e que não há dúvida que Amós citou Joel.8 Gleason Archer ainda esclarece: A evidência interna harmoniza-se muito mais com o ano 835 a.C. como sendo a data da composição dessa profecia, do que com qualquer data. A falta de alusões a qualquer rei no trono de Judá, a implicação de que a responsabilidade do governo dependia dos sacerdotes e dos anciãos, a alusão aos inimigos de Judá como sendo as nações vizinhas (e não a Assíria, a Babilônia ou a Pérsia) - todos esses fatores indicam conclusivamente o período da menoridade de Joás.
Há argumentos, entretanto, que parecem sustentar tanto uma tese quanto outra. Bill Arnold e Bryan Beyer, bem como Clyde Francisco propõem uma data que fica entre 500 a 450 a.C.1 0 Depois de uma exaustiva análise das diversas opiniões e uma investigação mais detalhada do texto de Joel, cheguei à conclusão de que a data mais antiga é a que tem mais consistência. Edward Young, subscrevendo o período pré- exílico, diz que a posição de Joel entre Oséias e Amós parece mostrar que a tradição judaica considerava Joel como livro mais antigo.1 1
da voracidade e destrutibilidade do ataque dos gafanhotos. Suas descrições são rigorosamente compatíveis com os detalhes científicos desses bandos avassaladores. Joel demonstra, também, um profundo conhecimento da vida religiosa do seu povo. Detalha com precisão o templo, as ofertas, as oferendas, o culto, os sacerdotes como ministros do Senhor. O livro deixa claro que Joel exerceu o seu ministério na cidade de Jerusalém. E aos habitantes dessa cidade que se dirige (2.23). E Jerusalém que vê em perigo (2.9). E em Sião que soará o “alarme” (2.1,15). E no monte Sião e em Jerusalém que se dará a salvação no futuro (2.32). E o cativeiro de Judá e de Jerusalém que então findará (3.1), e Judá e Jerusalém serão “habitadas para sempre” (3.20). O reino de dez tribos no Norte não é mencionado nem sequer uma vez.1 9 As comparações literárias do profeta são interessantes, especialmente do ponto de vista da teologia, diz A. R. Cra- btree. A praga dos gafanhotos é um julgamento e um aviso do Dia do Senhor (1.15; 2.1; 2.10). A libertação da praga de gafanhotos é pelo arrependimento (1.13,14; 2.12-17). De pois da praga dos gafanhotos, o povo recebe as bênçãos da prosperidade e liberdade do poder dos inimigos (2.19,22,24; 3.18). Depois da libertação do poder das nações, o Senhor habitará no meio do seu povo (2.27; 3.21). Outra característica do estilo literário de Joel, segundo A. R. Crabtree, é o uso de contrastes.2 1 Joel contrasta o sofrimento dos homens e animais provenientes da praga de gafanhotos (1.4-20) e a sua felicidade na restauração da produtividade da terra (2.18-27). Contrasta o julgamento divino das nações com as ricas bênçãos do povo do Senhor (2.28—3.21). Há um grande debate entre os estudiosos se o livro é literal, alegórico ou apocalíptico. Alguns eruditos como
Calvino pensam que o capítulo primeiro é um relato literal e que o capítulo segundo seja uma alegoria do ataque dos exércitos inimigos. Há aqueles que pensam que Joel está apenas relatando uma cena alegórica para destacar uma mensagem apocalíptica. Meu entendimento, fulcrado em vários eruditos, é que a descrição de Joel é literal, porém, o cumprimento da sua profecia estende-se para outros fatos históricos que culminarão no grande Dia do Senhor. Charles Feinberg é categórico: “Devemos decidir-nos pelo ponto de vista literal”.2"
A divisão do livro O livro do profeta Joel é dividido em duas partes. A pri meira parte do livro vai de 1.1 a 2.17, e a segunda parte de 2.18 a 3.21. A primeira parte pode ser denominada: o pro nunciamento da ira de Iavé, pela qual ele executa a maldição do pacto. Essa ira, entretanto, é atenuada pelo chamado ao arrependimento e pela garantia de que Iavé é misericordioso. A segunda parte é introduzida pelo amor ativo de Iavé que o leva a procurar, defender e fazer prosperar o seu povo. Nessa segunda divisão da sua mensagem o profeta explica o derramamento do Espírito, os sinais do Dia do Senhor, o livramento dos fiéis de Jerusalém, o julgamento divino das nações e as bênçãos divinas de Judá.23 As bênçãos do pacto virão seguramente a um povo fiel, enquanto o juízo de Deus alcançará as nações. Paul House define a primeira parte (1.1—2.17) como uma descrição da praga dos gafanhotos, e a segunda parte (2.18—3.21) como a era escatológica vindoura ou então entre o lamento com a praga de gafanhotos e a resposta de Iavé diante desse lamento.25 Concordo com Meyer Pearlman quando diz que Joel predisse o futuro à luz do
disciplina de Deus ao seu próprio povo. O povo da aliança tinha desobedecido a Deus, e para trazê-lo de volta o Se nhor enviou seus agentes disciplinadores. David Hubbard diz que o grito na adoração não era “Oh!”, mas “ai!” (1.15). As vítimas de Iavé na guerra santa nao eram os gentios, mas o povo da aliança, que cercava o santo monte (2.1). Os grandes arcos da catedral da fé de Israel desabaram sobre o povo mediante a palavra profética: a celebração trans- formou-se em lamento; a confiança na inviolabilidade, em terror diante da destruição completa. Em terceiro lugar, o arrependimento sincero suspende o castigo e traz de volta a restauração. Se o pecado produz calamidade, o arrependimento é o portal da bênção (2.12- 27). Quando o povo se volta para Deus em lágrimas, Deus se volta para o povo com bênçãos materiais e espirituais. O chamado de Deus nao é arrependimento e novamente arrependimento, mas arrependimento e frutos de arrependimento. Nao é suficiente rasgar as vestes, é preciso rasgar o coração. Deus não aceita um ritual de quebrantamento; ele espera um choro sincero, cujas lágrimas, como torrentes, quebram a dureza do coração. Em quarto lugar, o Dia do Senhor será dia de trevas para os impenitentes e bênção indizível para o povo de Deus. O tema unificador de toda a profecia é “o Dia do Senhor”. Essa frase aparece cinco vezes no livro de Joel (1.15; 2.1, 11,31; 3.14). Essa frase constitui a chave para a compreensão da profecia de Joel, particularmente de seus aspectos escatológicos e messiânicos. E importante compreender que a mensagem de Joel deve ser considerada primariamente escatológica.3 1 O Dia do Senhor será dia de juízo e vingança para os impenitentes e também de recompensa para os salvos. Será
dia de luz e de trevas, de condenação e salvação. George Robinson diz que a idéia de um grande dia de juízo sai da mão de Joel tão perfeita, que seus sucessores Amós, Isaías e Malaquias passam a adotar esse mesmo conceito. As calamidades históricas são um símbolo do que será o castigo divino no Dia do Senhor. Concordo com Van Groningen quando diz que essa invasão de gafanhotos deve ser considerada um fato histórico. Quando Joel descreve essa cena, aponta para outro desastre vindouro: a invasão de uma nação inimiga (1.6). A primeira cena é usada para colocar diante do povo a imagem de um desastre ainda maior. A cena dos gafanhotos e seus desastrosos resultados leva Joel a referir-se também ao Dia do Senhor (1.15). Esse será um dia de desastre e julgamento que alcançará uma expressão mais plena quando uma nação inimiga invadir e causar devastação.
A teologia do profeta Concordo com A. R. Crabtree quando diz que Joel apresenta ensinos teológicos de muito valor.34 Destacaremos oito pontos importantes acerca da teologia do livro de Joel. Em primeiro lugar, a soberania de Deus sobre a natureza. Joel é um livro teocêntrico. A praga, o apelo ao lamento, as instruções para a conversão, a restauração, a dádiva do Espírito e a convicção da vitória final são, todos, atos de Deus. O profeta Joel vê a invasão de gafanhotos, a seca severa e a devastação do fogo como obras do julgamento de Deus. David Hubbard chega a afirmar que o conceito que Joel tinha da criação levou-o a ver os insetos como agentes do Criador, cumprindo a tarefa de julgar uma nação