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1 - tomás de aquino, Notas de estudo de Cultura

Tomás de Aquino

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 26/04/2011

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INTRODUÇÃO
Este trabalho propõe-se a descrever uma reflexão filosófica da ética do
homem, do mundo, da felicidade, da lei natural, do bem e da justiça. Temas de
controvérsias de obras da Idade Média cristã por Tomás de Aquino com visão
teológica, com melhor argumentação filosófica, entretanto, intrinsecamente
dependentes da transcendência, da fé e da esperança, noções que ultrapassam o
discurso filosófico.
O presente estudo visa analisar a ética de Tomás e dos medievais em geral,
no âmbito da antropologia, da política e da metafísica; como procedem os cristãos
que crêem num cosmos criado por Deus e orientado para a eternidade.
Esta pesquisa inicia a discussão das seguintes perguntas: será que para os
medievais a ética necessariamente deve ter um fundamento divino? Será a ética
mais teológica que filosófica?
Tem-se como objetivo a especificação por Tomás de Aquino, da ética em
virtudes morais, intelectuais, vida política e regimes de poder, juntamente com sua
contextualização no mundo real da vida humana direcionado para seu Criador.
2 A VERTICALIZAÇÃO DA ÉTICA
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INTRODUÇÃO

Este trabalho propõe-se a descrever uma reflexão filosófica da ética do homem, do mundo, da felicidade, da lei natural, do bem e da justiça. Temas de controvérsias de obras da Idade Média cristã por Tomás de Aquino com visão teológica, com melhor argumentação filosófica, entretanto, intrinsecamente dependentes da transcendência, da fé e da esperança, noções que ultrapassam o discurso filosófico.

O presente estudo visa analisar a ética de Tomás e dos medievais em geral, no âmbito da antropologia, da política e da metafísica; como procedem os cristãos que crêem num cosmos criado por Deus e orientado para a eternidade.

Esta pesquisa inicia a discussão das seguintes perguntas: será que para os medievais a ética necessariamente deve ter um fundamento divino? Será a ética mais teológica que filosófica?

Tem-se como objetivo a especificação por Tomás de Aquino, da ética em virtudes morais, intelectuais, vida política e regimes de poder, juntamente com sua contextualização no mundo real da vida humana direcionado para seu Criador.

2 A VERTICALIZAÇÃO DA ÉTICA

2.1 BIOGRAFIA – TOMÁZ DE AQUINO

Tomás de Aquino nasceu por volta do ano de 1225, no Castelo do pai, o conde Landulf de Aquino, localizado em Roccasecca, no mesmo Condado de Aquino (Reino da Sicília, no atual Lácio). Sua mãe era a condessa Teodora de Tehate. Tomás era ligado á dinastia Hohenstaufen do Sacro Império romano – Germânico. Seu irmão de Landulf Sinibald era abade da original abadia beneditina em Monte Cassino. Os demais filhos da família seguiram uma carreira militar.

A família pretendia que Tomás seguisse seu tio na abadia, isto teria sido um caminho normal para a carreira do filho mais novo de uma família da nobreza sulista italiana.

Aos cinco anos Tomás começou sua carreira em Monte Cassino, mas depois que o conflito militar que ocorreu entre o imperador Frederico II e o papa Gregório IX na abadia no início de 1239, ele foi matriculado na STUDIUM GENERALE (Universidade), criada na época recentemente por Frederico II, em Nápoles. Foi lá que Tomás provavelmente foi induzido nas obras de Aristóteles, Averróis e Maimônides, todos que influenciaram sua filosofia teológica.

Durante seus estudos em Nápoles que Tomás sofreu a influência de João de São Juliano, um pregador dominicano em Nápoles que fazia parte do esforço ativo intentado pela ordem dominicana para recrutar seguidores devotos. Nessa época seu professor de aritmética, geometria, astronomia e música era Pedro de Ibérnia.

Aos 19 anos de idade, contra a vontade da família, entrou na ordem fundada por Domingos de Gusmão. Estudou Filosofia em Nápoles e depois em Paris, onde se dedicou ao ensino e ao estudo de questões filosóficas e teológicas. Estudou teologia em Colônia e em Paris, onde se tornou discípulo de Santo Alberto Magno que o “descobriu” e se impressionou com a sua inteligência. Por este tempo foi apelidado de “boi mudo”. Dele disse Santo Alberto Magno; “Quando este boi mugir, o mundo inteiro ouvirá o seu mugido”.

Segunda via Causa primeira: decorre da relação "causa-e-efeito" que se observa nas coisas criadas. É necessário que haja uma causa primeira que por ninguém tenha sido causada, pois a todo efeito é atribuída uma causa, do contrário não haveria nenhum efeito pois cada causa pediria uma outra numa sequência infinita. Terceira via Ser necessário: existem seres que podem ser ou não ser (contingentes), mas nem todos os seres podem ser desnecessários se não o mundo não existiria, logo é preciso que haja um ser que fundamente a existência dos seres contingentes e que não tenha a sua existência fundada em nenhum outro ser. Quarta via Ser perfeito: verifica-se que há graus de perfeição nos seres, uns são mais perfeitos que outros, qualquer graduação pressupõe um parâmetro máximo, logo deve existir um ser que tenha este padrão máximo de perfeição e que é a causa da perfeição dos demais seres. Quinta via Inteligência ordenadora: existe uma ordem no universo que é facilmente verificada, ora toda ordem é fruto de uma inteligência, não se chega à ordem pelo acaso e nem pelo caos, logo há um ser inteligente que dispôs o universo na forma ordenada.

2.3 A Verdade

"A verdade é definida como a conformidade da coisa com a inteligência". Tomás de Aquino concluiu que a descoberta da verdade ia além do que é visível. Antigos filósofos acreditavam que era verdade somente o que poderia ser visto. Aquino já questiona que a verdade era todas as coisas porque todas são reais, visíveis ou invisíveis, exemplificando: uma pedra que está no fundo do oceano não deixa de ser uma pedra real e verdadeira só porque não pode ser vista.

Aquino concorda e aprimora Agostinho de Hipona quando diz que "A verdade é o meio pelo qual se manifesta aquilo que é". A verdade está nas coisas e no intelecto e ambas convergem junto com o ser. O "não-ser" não pode ser verdade até o intelecto o tornar conhecida, ou seja, isso é apreendido através da razão. Aquino chega a conclusão que só se pode conhecer a verdade se você conhece o que é o ser. A verdade é uma virtude como diz Aristóteles, porém o bem é posterior a verdade. Isso porque a verdade está mais próximo do ser, mais intimamente e o que o sujeito ser do bem depende do intelecto, "racionalmente a verdade é anterior". Exemplificando: o intelecto apreende o ser em si; depois, a definição do ser, por último a apetência do ser. Ou seja, primeiramente a noção do ser; depois, a construção da verdade, por fim, o bem. Sobre a eternidade da verdade ele, Tomás, discorda em partes com Agostinho.

Para Agostinho a verdade é definitiva. Imutável. Já para Aquino, a verdade é a consequência de fatos causados no passado. Então na supressão desses fatos à verdade deixa de existir. O exemplo que Tomás de Aquino traz é o seguinte: A frase "Sócrates está sentado" é a verdade. Seja por uma matéria, uma observação ou analise, mas ele está sentado. Ao se levantar, ficando de pé, ele deixa de estar sentado. Alterando a verdade para a segunda opção, mudando a primeira. Contudo, ambos concordam que na verdade divina a verdade por não ter sido criada, já que Deus sempre existiu, não pode ser desfeita no passado e então é imutável.

3 ÉTICA DE TOMÁS DE AQUINO

Segundo Tomás de Aquino, a ética consiste em agir de acordo com a natureza racional. Todo o homem é dotado de livre-arbítrio, orientado pela consciência e tem uma capacidade inata de captar, intuitivamente, os ditames da ordem moral. O primeiro postulado da ordem moral é: faz o bem e evita o mal. Há uma Lei Divina , revelada por Deus aos homens, que consiste nos Dez Mandamentos.

uma alma vegetativa, depois, de uma alma animal, em seguida, quando o corpo já se desenvolveu, de uma alma racional. Cada uma dessas "almas" é integrada à alma que a sucede até que ocorra, enfim, a união definitiva alma-corpo. Conforme as próprias palavras de Aquino:

A alma vegetativa, que vem primeiro, quando o embrião vive como uma planta, corrompe-se e é sucedida por uma alma mais perfeita, que é ao mesmo tempo nutritiva e sensitiva, quando o embrião vive uma vida animal; quando ela se corrompe, é sucedida pela alma racional induzida do exterior (…) Já que a alma se une ao corpo como sua forma, ela não se une a um corpo que não seja aquele do qual ela é propriamente o ato. A alma é agora o ato de um corpo orgânico".

3.2 A ÉTICA SEGUNDO S. TOMAZ DE AQUINO

3.2.1 Ética, Cristianismo, Moral e Religião.

Tomás de Aquino separou a teologia da filosofia através do seu sistema tomista. A teologia de Aquino é bastante complexa e por isso seria fastidioso inclui- la num postal generalista. O que mais me atrai em Aquino é a sua filosofia, e desta, a ética e a estética; é disto que vou falar comparando esses conceitos de Aquino com a cultura contemporânea. Antes de entrar no tema, é de notar que Aquino considerava a monarquia como o sistema político ideal, por ser o que mais se parece com o próprio governo divino do mundo. Não podia de fazer notar a minha concordância.

Na sua ética, Tomás de Aquino parte do princípio da existência de Deus, porque nenhuma ética é possível sem uma metafísica qualquer; aliás, este é o grande problema ético dos ateístas, e a necessidade da transformação do ateísmo em naturalismo reflecte a necessidade ética de uma “metafísica”, o que na prática significa “religião”. Tomás de Aquino parte da lógica sustentada da liberdade do ser

humano ― o livre arbítrio ― o que para mim é ideia agradável. O ser humano é livre; Deus não lhe tolheu a liberdade. O ordenamento finalista do universo não elimina nem diminui a liberdade do Homem.

3.2.2 O Mal e o Bem

O mal é a ausência do bem, isto é, o mal não é substancial. Neste aspecto, S. Tomás de Aquino segue S. Agostinho na teoria da não-substancialidade do mal, em confronto com as ideias de Mani (maniqueísmo). Também esta ideia é-me agradável; o mal não é intrínseco ao ser humano senão na sua condição de ignorância ou ausência de sabedoria, da mesma forma que o mal é a ausência do bem.

Tomás de Aquino existem duas espécies de “mal”: a “pena” e a “culpa”. A “pena” tem em Aquino um significado parecido no Budismo com o de Kharma; a “pena” é a deficiência da forma ou de uma das suas partes, necessária para a integridade de algo. A “culpa” é, dos males, o maior ― que a providência tenta corrigir ou eliminar com a “pena”. Para S. Tomás de Aquino, só lhe faltava reconhecer a reencarnação para transformar a “pena” em Kharma e a “culpa” em Samsara.

Para Tomás de Aquino, a “culpa” é o acto humano de escolha deliberada do mal; a “culpa” não é inconsciente: o ser humano com culpa sabe que a tem, através da “consciência”. Contudo, o ser humano é dotado de capacidade para distinguir o Bem, e naturalmente tende para ele; assim como o ser humano tem uma aptidão natural para entender os princípios da ciência, essa mesma aptidão serve também para o ser humano entender os princípios práticos dos quais dependem as boas acções. Através da sínderese ― que é exactamente essa aptidão prática que permite ao Homem distinguir o Bem — o ser humano tende a rejeitar a ausência de Bem.

Ao contrário do que defende o naturalismo ateísta contemporâneo, S. Tomás de Aquino distingue a liberdade do ser humano da falta de liberdade do resto da natureza. As potências naturais (as faculdades naturais) não têm possibilidade de escolha nem têm liberdade; agem de um modo constante e infalível como agem os

3.2.4 A estética

O belo, segundo S. Tomás de Aquino, é um aspecto ou uma característica do Bem. O belo é idêntico ao Bem, sendo que o Bem é aquilo que todos desejam e, portanto, é a própria teleologia (o Fim). O belo também é desejado, e portanto tem um valor teleológico. Porém, ao contrário do Bem, o belo só se refere aos sentidos (faculdade cognoscitiva) ― visão, audição ― e à consciência das coisas (que inclui outros sentidos: o tacto, o olfacto, o gosto). Portanto, a beleza só se refere aos sentidos que têm maior valor cognoscitivo e que servem a Razão. O que agrada na beleza não é o objecto em si, mas a apreensão do objecto.

Tomás de Aquino atribui ao “belo” três características essenciais:

  • A integridade da perfeição. Tudo o que é reduzido ou incompleto é feio.
  • A proporção das partes; a clareza. Esta característica aplica-se não só nas coisas sensíveis (arte em geral) mas também nas coisas do espírito. Um corpo proporcionado é belo assim como um discurso ou uma acção bem proporcionada tem a clareza espiritual da razão.
  • A verdade da beleza. O belo existe mesmo que represente um objecto feio.

CONCLUSÃO

Tomás de Aquino nasceu de uma família da nobreza italiana (condes de Aquino) em Roccasecca, Cassino, Itália, em 1226. Faleceu a 7 de Março de 1274. Ética na vida profissional, social e cristã. O termo ÉTICA tem sido muito discutido nos últimos tempos dentro da sociedade brasileira. Vários tipos de problemas sociais vêm acontecendo ligados aos trabalhos executados por profissionais de diversas áreas; e a mídia vem divulgando de maneira óbvia para toda população.

Também são mostradas condutas de políticos, empresários e funcionários públicos que denigrem a imagem do ser humano, criando um constrangimento público inevitável e desolador. Envergonha-nos ver na mídia certo acontecimentos de policiais corrompidos, assassinos de fardas, onde a ordem, honra estão abaixo do dinheiro, trazendo prejuízos e insegurança a toda sociedade brasileira. Profissionais liberais que praticam atos que desabonam uma boa conduta profissional que lesa o patrimônio público, gerando prejuízos de natureza social irreparável, em alguns casos, e em outros, perdendo o conceito de moral e respeito. O que seria ética nestes casos? Será um termo usado em grandes corporações somente? Ou quem sabe uma palavra que aprendemos no meio acadêmico que se espera ser implantado no futuro?

Mas quando uma ação do homem atinge o seu próximo e o prejudica, gera toda uma situação de injustiça e desconforto, em que a própria sociedade irá julgar

geração ou na vida do planeta. Ética apresenta o que você é dentro de você, sua capacidade de ser e fazer, para você e seu próximo. Portanto, cultive atitudes, demonstrem uma pessoa que é um ser humano, que pode ser reconhecido como tal, pensa no que faz. Em nossas vidas seja profissional, familiar e cristã precisamos ter harmonia e ligação entre todas as áreas, pois, o pilar não pode sofrer nenhum dano ou abalo.

Como disse Tomás de Aquino na verticalização da ética: A natureza providenciou previamente para os animais defesos, pele e garras, enquanto o homem recebeu da sua natureza a razão e nas mãos pelas quais concebe e constrói o mundo, ou destrói no seu livre arbítrio.