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007-2006Meningite, Notas de estudo de Biomedicina

- - -

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 07/04/2008

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silvestre-goncalves-de-souza-8 🇧🇷

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bg1
INFORME EPIDEMIOLÓGICO Nº 7 - ANO II / 2006
MENINGITES DIAGNOSTICADAS E NOTIFICADAS NA FMT-AM NO PERÍODO 2004 A 2006
Tabela 1 - Casos de Meningites por Etiologias / FMT-AM - 2004 a 2006
Tabela 2 - Doença Meningocócica por Sorogrupo / FMT-AM - 2004 a 2006
As meningites estão entre as doenças de notificação compulsória e imediata. NOTIFIQUE!
Figura 2 - Doença Meningocócica Notificada na FMT-AM - 2004 a 2006 - Casos e Óbitos
Figura 1 - Meningites Por Etiologias - Resumo / FMT-AM - 2004 a 2006
Raul Diniz Souza Amorim
E-mail: subgeoc@fmt.am.gov.br
Maria das Graças Gomes Saraiva
E-mail: gracasaraiva@fmt.am.gov.br
desp@fmt.am.gov.br
Elaborado em junho de 2007
Jucélia Maria Tomé de Queiroz
www.fmt.am.gov.br
Cristianne Benevides Mota
As meningites são doenças que anualmente ao longo dos meses acometem a população do
município de Manaus e do estado do Amazonas. Dentre as diagnosticadas e notificadas pelo
Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE)/FMT-AM, no período de janeiro de 2004 a dezembro
de 2006, as causadas por bactérias somaram 450 (72,6%) casos com 39 óbitos (taxa de letalidade 8,7%);
as por fungo somaram 41 (6,6%) casos com 9 óbitos (taxa de letalidade 22,0%); as virais, 107 (17,3%)
casos com 2 óbitos (letalidade 1,9%), e as não especificadas 22 (3,5%) casos com 3 óbitos (letalidade 13,6%),
observando na Tabela 1.
As meningites bacterianas tiveram participação de 72,0% em 2004, no ano seguinte 74,3%
e 71,1% em 2006; nota-se ainda, um aumento das não especificadas 1,7% em 2004, em 2005 foi 4,2%
e 5,1% em 2006 (Tabela 1 e Figura 1).
Em relação as criptocócicas, o maior registro foi em 2006 com 17 casos, sendo a participação
no acumulado dos três anos, 41,5%; quanto as meningites por tuberculose é notório o aumento na sua
notificação, 20 casos em 2004, no ano seguinte 24 e 35 casos em 2006. Teve-se meningites
pneumocócicas participando com 11,1% (69 casos) com 6 óbitos (taxa de letalidade 8,7%), de acordo
com Tabela 1.
A doença meningocócica (DM) teve a maior participação entre todas as meningites notificadas,
quando se observa na Tabela 1 o acumulado no período, 174 (28,1%) casos com 15 óbitos
(taxa de letalidade 8,6%), e na Figura 2, nota-se que entre as formas clínicas apresentada
pela doença nos t rês a nos, o m enor r egistro foi e m m eningococcemia 45 ( 25,9%) casos, e t ambém a
maior causa de óbitos (taxa de letalidade 5,7%). Quanto aos sorogrupos, o de maior circulação continua
sendo o “B”, porém o “C” se manteve presente nos três anos, com participação de 10,9%, observa-se
ainda, um elevado número de sorogrupos que ficaram como não especificados (Tabela 2).
A notificação imediata de todos os casos suspeitos de meningites é fundamental para o monitoramento dessas etiologias em
Manaus e no Amazonas. Rotineiramente, deve-se manter a qualificação dos profissionais de saúde através de treinamentos em
Instituições de referência, o que certamente contribuirá para diagnósticos rápidos, precisos, tratamento oportuno, redução de casos
com evolução para óbitos, e também para que a adoção das medidas de controle sejam apropriadas e desencadeadas em tempo
hábil, quando se fizerem necessárias, considerando ainda a otimização dos recursos disponibilizados para esse fim.
O diagnóstico laboratorial das meningites é através do estudo do líquido cefalorraquidiano, podendo
também ser utilizado sangue, raspado das lesões petequiais, urina e fezes. Os principais exames
para esclarecimento diagnóstico são: exame quimiocitológico de líquor, bacterioscopia direta (liquor
ou soro); cultura (líquor, sangue, p atéquias o u f ezes); c ontra-imuneletroforese cruzada (CIE) d o l íquor
ou soro, e aglutinação pelo látex (líquor ou soro); nenhum exame substitui a cultura líquor e/ ou sangue
(BRASIL, 2005).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 6.ed. Brasília: SVS, 2005.
DIRETORIA DE ENSINO, PESQUISA E CONTROLE DE ENDEMIAS
DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA
SUBGERÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
SUBGERÊNCIA DE OPERAÇÕES DE CAMPO
FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DO AMAZONAS
FMT-AM
Meningocócica+Meningococcemia Meningococcemia M . Meningocócica
1
2
3
0
3
1
0
5
0
C A S O S
21
14
16
2005
(31,4%)
(41,2%)
(27,4%)
Ó B I T O S
27
23
36
2004
(41,9%)
(31,4%)
(26,7%)
2006
6
8
23
(16,2%)
(21,6%)
(62,2%)
Casos % Casos % Casos % Casos %
2004 49 28,2 11 6,3 26 14,9 86 49,4
2005 31 17,8 1 0,6 19 10,9 51 29,3
2006 15 8,6 7 4,0 15 8,6 37 21,3
TOTAL 95 54,6 19 10,9 60 34,5 174 100,0
TOTAL
SOROGRUPO
B C
ANO
N / E
No Amazonas a DM é endêmica e repercute na saúde pública. No monitoramento é necessária
a vigilância epidemiológica de casos suspeitos de meningites, capacitação de recursos humanos
(diagnóstico rápido + tratamento imediato e adequado) e garantir material biológico para diagnósticos
específicos da etiologia (SARAIVA et al, 2006).
SARAIVA, M.G.G.; AMORIM, R.D.S.; MONTE, R.L. et al. Doença Meningocócica (DM) no Amazonas-200 a 2005. In: CONGRESSO
DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropcial, 43. v. 37, p 193. Supl I, 2007.
T. Letalidade Partipação T. Letalidade Partipação T. Letalidade Partipação T. Letalidade Participação
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%)
01 - Meningites Bacteriana
Doença Meningocócica 86 6 7,0 51,2 51 5 9,8 35,9 37 4 10,8 26,4 174 15 8,6 28,1
Meningite por Haemophilus influenzae 2 0 0,0 1,2 3 1 33,3 2,1 2 0 0,0 1,4 7 1 14,3 1,1
Meningite Tuberculosa 20 3 15,0 11,9 24 7 29,2 16,9 35 9 25,7 25,0 79 19 24,1 12,7
Meningite Pneumocócica 19 3 15,8 11,3 29 3 10,3 20,4 21 0 0,0 15,0 69 6 8,7 11,1
Meningite Bacteriana Não Especificada 31 4 12,9 18,5 26 2 7,7 18,3 44 5 11,4 31,4 101 11 10,9 16,3
Meningite Estafilocócica 8 2 25,0 4,8 5 1 20,0 3,5 1 1 100,0 0,7 14 4 28,6 2,3
Meningite por E.coli 0 0 0,0 0,0 2 1 50,0 1,4 0 0 0,0 0,0 2 1 50,0 0,3
Meningite por Leptospira 2 0 0,0 1,2 0 0 0,0 0,0 0 0 0,0 0,0 2 0 0,0 0,3
Meningite por Klebsiela 0 0 0,0 0,0 1 1 100,0 0,7 0 0 0,0 0,0 1 1 100,0 0,2
Meningite por Proteus mirabilis 0 0 0,0 0,0 1 0 0,0 0,7 0 0 0,0 0,0 1 0 0,0 0,2
SUB - TOTAL 168 18 10,7 72,4 142 21 14,8 74,3 140 19 13,6 71,1 450 39 8,7 72,6
02 - Meningites por Fungo
Meningite Criptocócica 13 3 23,1 5,6 11 3 27,3 5,8 17 3 17,6 8,6 41 9 22,0 6,6
03 - Meningites Viral 47 2 4,3 20,3 30 0 0,0 15,7 30 0 0,0 15,2 107 2 1,9 17,3
04 - Meningites Não Especificada 4 0 0,0 1,7 8 1 12,5 4,2 10 2 20,0 5,1 22 3 13,6 3,5
TOTAL 232 23 9,9 100,0 191 25 13,1 100,0 197 24 12,2 100,0 620 53 8,5 100,0
Dados sujeitos à revisão.
ETIOLOGIAS
2004 2005
Casos ÓbitosÓbitosCasos Casos Óbitos
Total
2006
Casos Óbitos

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INFORME EPIDEMIOLÓGICO Nº 7 - ANO II / 2006

MENINGITES DIAGNOSTICADAS E NOTIFICADAS NA FMT-AM NO PERÍODO 2004 A 2006

Tabela 1 - Casos de Meningites por Etiologias / FMT-AM - 2004 a 2006

Tabela 2 - Doença Meningocócica por Sorogrupo / FMT-AM - 2004 a 2006

As meningites estão entre as doenças de notificação compulsória e imediata. NOTIFIQUE!

Figura 2 - Doença Meningocócica Notificada na FMT-AM - 2004 a 2006 - Casos e Óbitos

Figura 1 - Meningites Por Etiologias - Resumo / FMT-AM - 2004 a 2006

Raul Diniz Souza Amorim
E-mail: subgeoc@fmt.am.gov.br
Maria das Graças Gomes Saraiva
E-mail: gracasaraiva@fmt.am.gov.br
desp@fmt.am.gov.br
Elaborado em junho de 2007
Jucélia Maria Tomé de Queiroz

www.fmt.am.gov.br

Cristianne Benevides Mota

As meningites são doenças que anualmente ao longo dos meses acometem a população do município de Manaus e do estado do Amazonas. Dentre as diagnosticadas e notificadas pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE)/FMT-AM, no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2006, as causadas por bactérias somaram 450 (72,6%) casos com 39 óbitos (taxa de letalidade 8,7%); as por fungo somaram 41 (6,6%) casos com 9 óbitos (taxa de letalidade 22,0%); as virais, 107 (17,3%) casos com 2 óbitos (letalidade 1,9%), e as não especificadas 22 (3,5%) casos com 3 óbitos (letalidade 13,6%), observando na Tabela 1.

As meningites bacterianas tiveram participação de 72,0% em 2004, no ano seguinte 74,3% e 71,1% em 2006; nota-se ainda, um aumento das não especificadas 1,7% em 2004, em 2005 foi 4,2% e 5,1% em 2006 (Tabela 1 e Figura 1).

Em relação as criptocócicas, o maior registro foi em 2006 com 17 casos, sendo a participação no acumulado dos três anos, 41,5%; quanto as meningites por tuberculose é notório o aumento na sua notificação, 20 casos em 2004, no ano seguinte 24 e 35 casos em 2006. Teve-se meningites pneumocócicas participando com 11,1% (69 casos) com 6 óbitos (taxa de letalidade 8,7%), de acordo com Tabela 1. A doença meningocócica (DM) teve a maior participação entre todas as meningites notificadas, quando se observa na Tabela 1 o acumulado no período, 174 (28,1%) casos com 15 óbitos (taxa de letalidade 8,6%), e na Figura 2, nota-se que entre as formas clínicas apresentada pela doença nos três anos, o menor registro foi em meningococcemia 45 (25,9%) casos, e também a maior causa de óbitos (taxa de letalidade 5,7%). Quanto aos sorogrupos, o de maior circulação continua sendo o “B”, porém o “C” se manteve presente nos três anos, com participação de 10,9%, observa-se ainda, um elevado número de sorogrupos que ficaram como não especificados (Tabela 2).

A notificação imediata de todos os casos suspeitos de meningites é fundamental para o monitoramento dessas etiologias em Manaus e no Amazonas. Rotineiramente, deve-se manter a qualificação dos profissionais de saúde através de treinamentos em Instituições de referência, o que certamente contribuirá para diagnósticos rápidos, precisos, tratamento oportuno, redução de casos com evolução para óbitos, e também para que a adoção das medidas de controle sejam apropriadas e desencadeadas em tempo hábil, quando se fizerem necessárias, considerando ainda a otimização dos recursos disponibilizados para esse fim.

O diagnóstico laboratorial das meningites é através do estudo do líquido cefalorraquidiano, podendo também ser utilizado sangue, raspado das lesões petequiais, urina e fezes. Os principais exames para esclarecimento diagnóstico são: exame quimiocitológico de líquor, bacterioscopia direta (liquor ou soro); cultura (líquor, sangue, patéquias ou fezes); contra-imuneletroforese cruzada (CIE) do líquor ou soro, e aglutinação pelo látex (líquor ou soro); nenhum exame substitui a cultura líquor e/ ou sangue (BRASIL, 2005).

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 6.ed. Brasília: SVS, 2005.

DIRETORIA DE ENSINO, PESQUISA E CONTROLE DE ENDEMIAS DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA SUBGERÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA SUBGERÊNCIA DE OPERAÇÕES DE CAMPO

FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DO AMAZONAS

FMT-AM

M. Meningocócica Meningococcemia Meningocócica +Meningococcemia

C A S O S

21

14

16

2005

(31,4%)

(41,2%)

(27,4%)

Ó B IT O S

27 23

36

2004

(41,9%)

(31,4%) (26,7%)

2006

6

8

23

(16,2%)

(21,6%)

(62,2%)

Casos % Casos % Casos % Casos %

TOTAL 95 54,6 19 10,9 60 34,5 174 100,

TOTAL

SOROGRUPO

B C

ANO

N / E

No Amazonas a DM é endêmica e repercute na saúde pública. No monitoramento é necessária a vigilância epidemiológica de casos suspeitos de meningites, capacitação de recursos humanos (diagnóstico rápido + tratamento imediato e adequado) e garantir material biológico para diagnósticos específicos da etiologia (SARAIVA et al, 2006).

SARAIVA, M.G.G.; AMORIM, R.D.S.; MONTE, R.L. et al. Doença Meningocócica (DM) no Amazonas-200 a 2005. In: CONGRESSO
DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropcial , 43. v. 37, p 193. Supl I, 2007.

T. Letalidade Partipação T. Letalidade Partipação T. Letalidade Partipação T. Letalidade Participação (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 01 - Meningites Bacteriana Doença Meningocócica 86 6 7,0 51,2 51 5 9,8 35,9 37 4 10,8 26,4 174 15 8,6 28, Meningite por Haemophilus influenzae (^) 2 0 0,0 1,2 3 1 33,3 2,1 2 0 0,0 1,4 7 1 14,3 1, Meningite Tuberculosa 20 3 15,0 11,9 24 7 29,2 16,9 35 9 25,7 25,0 79 19 24,1 12, Meningite Pneumocócica 19 3 15,8 11,3 29 3 10,3 20,4 21 0 0,0 15,0 69 6 8,7 11, Meningite Bacteriana Não Especificada 31 4 12,9 18,5 26 2 7,7 18,3 44 5 11,4 31,4 101 11 10,9 16, Meningite Estafilocócica 8 2 25,0 4,8 5 1 20,0 3,5 1 1 100,0 0,7 14 4 28,6 2, Meningite por E.coli (^) 0 0 0,0 0,0 2 1 50,0 1,4 0 0 0,0 0,0 2 1 50,0 0, Meningite por Leptospira (^) 2 0 0,0 1,2 0 0 0,0 0,0 0 0 0,0 0,0 2 0 0,0 0, Meningite por Klebsiela (^) 0 0 0,0 0,0 1 1 100,0 0,7 0 0 0,0 0,0 1 1 100,0 0, Meningite por Proteus mirabilis (^) 0 0 0,0 0,0 1 0 0,0 0,7 0 0 0,0 0,0 1 0 0,0 0, SUB - TOTAL 168 18 10,7 72,4 142 21 14,8 74,3 140 19 13,6 71,1 450 39 8,7 72, 02 - Meningites por Fungo Meningite Criptocócica 13 3 23,1 5,6 11 3 27,3 5,8 17 3 17,6 8,6 41 9 22,0 6, 03 - Meningites Viral 47 2 4,3 20,3 30 0 0,0 15,7 30 0 0,0 15,2 107 2 1,9 17, 04 - Meningites Não Especificada 4 0 0,0 1,7 8 1 12,5 4,2 10 2 20,0 5,1 22 3 13,6 3, TOTAL 232 23 9,9 100,0 191 25 13,1 100,0 197 24 12,2 100,0 620 53 8,5 100, Dados sujeitos à revisão.

ETIOLOGIAS

Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos

(^2006) Total Casos Óbitos